quarta-feira, 6 de julho de 2011

Custo de erros em projetos de desenvolvimento de software

Cada projeto é único (mesmo projetos semelhantes terão diferenças significativas) e é impossível fazer estimativas ou ter fórmulas genéricas para estimar o custo de erros que poderão acontecer.

Na monografia de Marco Aurélio Cordeiro para o curso de Pós Graduação em Informática Aplicada da Pontifica Universidade Católica do Paraná (Curitiba, 2002) ele cita um estudo realizado nos anos 70 pelas empresas GTE, TRW e IBM, onde um custo relativo de um erro localizado durante a análise de requisitos é 0.1, já um erro localizado na fase de implementação é 1 (10 vezes mais), na fase de testes seu custo relativo sobe para 2 (20 vezes mais), terminando com um custo relativo de 20 (200 vezes mais) na fase final de manutenção. O gráfico abaixo retrata essa situação.

 
Vale ressaltar que esse é um estudo realizado numa outra realidade de desenvolvimento de software muito diferente da atual (anos 70), mas que já mostra que há muito tempo o custo para correção de erros é uma preocupação nas organizações.

Já na monografia de Paulo Henrique Ramos apresentada no curso de Mestrado em Ciência da Computação na Universidade Federal de Pernambuco (Recife, 2011) ele cita um estudo onde o custo de uma falha localizada na fase de testes pode ser 30 vezes o custo inicial, se ele fosse localizado na fase inicial (análise de requisitos).

Roger S. Pressman no livro Engenharia de Software (6. edição, 2006) declara que o custo de defeitos na fase de projeto é cerca de três a seis vezes mais alto do que na definição de requisitos e o custo é ainda maior em fases finais como na fase de testes.

Seja qual for a metodologia usada ou o estudo utilizado, a conclusão é sempre que o custo de correção de um defeito é sempre muito inferior quando identificado no inicio de um projeto e muito superior quando identificado na finalização do projeto.

A importante fase Análise de Requisitos exige maior qualidade, pois suas falhas poderão comprometer todo o projeto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário